Quando percebe que “Avenida Brasil” vai começar, José de Abreu se
cerca de computadores. Abre várias telas do Twitter e não deixa escapar
qualquer comentário sobre seu Nilo na novela de João Emanuel Carneiro.
— Muitos dos cacos que pus no texto extraí do que li no microblog,
como “toda trabalhada” e “vai vendo”. Fico atento às opiniões. Algumas
pessoas acham que Nilo é burro, outras, inteligente. Muita gente tem
nojo dele, da barba. Outros dizem que é o melhor da novela. Falam da
risadinha também. Em vez de #oioioi, escrevem #ririri — diz, enquanto é
observado de perto por uma réplica em tamanho real do personagem em
papelão, um presente da equipe do “Vídeo show” que ele guarda na sala de
seu apartamento, na Barra da Tijuca.
A risada, aliás, brinca o ator, tem sido útil quando sua mulher,
Camila Mosquella, lhe pede “algo absurdo”. Já a barba, que mantém há um
ano, tem dado bastante trabalho:
— Depois do banho, tenho que enxugar com atenção. Quando escovo os
dentes, cai pasta. É difícil também para tomar sopa. A barba acabou
virando um personagem à parte.
O visual será mantido enquanto a novela continuar no ar, até outubro.
Os segredos sobre os desfechos de “Avenida Brasil” também. Mas pelo
menos uma coisa o ator garante:
— Fico até o fim. Nilo não morre. Ele é vítima da vida, não é de todo ruim. Ele sempre pediu uma família para Max (Marcello Novaes) e Carminha (Adriana Esteves).
E teve um caminho longo até o lixão. Ele bebeu muito? Sequestrou
Carminha para se vingar de Santiago (Juca de Oliveira)? Ou ela fugiu de
casa para se vingar dos pai? Vai saber…
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